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Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Ladrilhos Hidráulicos, Produtos de Cimento, Fibrocimento e Artefatos de Cimento Armado de Curitiba e Região

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Gerente expõe funcionária trabalhando e debocha: "Escrava Isaura"

 

 

 

 

 

 
 

 

Rosilene Medeiros, 30, trabalhava em uma filial da lanchonete Subway há dois meses, no Rio de Janeiro, quando se viu obrigada a pedir demissão após ver que a gerente do estabelecimento publicou uma foto sua limpando o balcão do local com a seguinte legenda: “Protagonista da novela escravasaura (sic)”. As informações são dos jornais cariocas O Dia e Extra.

A jovem (foto)não suportou inúmeros comentários racistas da chefe, e preferiu ficar desempregada.
 

“Ela estava tirando várias fotos da loja neste dia e eu estava limpando o balcão. Vi que ela tirou a foto e pedi que ela não publicasse, afinal, eu estava de joelhos limpando a vitrine. E mesmo pedindo para não publicar, ela foi lá e colocou a foto e ainda escreveu isso”, disse Rosilene.

Dias depois do ocorrido, Rosilene ficou curiosa com as fotos e foi procurá-las através do perfil de uma amiga. Quando encontrou a publicação, passou mal.
 

“Minha filha de sete anos ficava me perguntando por que eu estava nervosa, por que eu me tremia e chorava tanto. Como vou explicar isso para uma criança dessa idade?”, desabafa.

Ainda chateada, a operadora de caixa foi confrontar a gerente sobre o registro e pediu para conversar sobre o ocorrido com o dono da loja, que alegou não ter visto ofensa e que a gerente do local estava elogiando Rosilene, porque a comparava com uma atriz.
 

“Eu falei pra ele: ‘Você sabe que ela me chamou de escrava, não sabe?’ E ele insistiu que não, que ela tinha falado me comparando a uma atriz”, conta.
Rosilene ressaltou ainda que esta não foi a primeira vez que a gerente fez comentários preconceituosos. 
 

“Teve uma vez que ela jogou fora uma carne estragada na lixeira atrás do meu caixa e depois disse que eu estava cheirando mal. Outra vez, assim que um funcionário novo entrou na empresa, ela brincou dizendo que eu ‘fedia a macaca'”, lembrou a ex-funcionária.
 

Para Rosilene, a gerente da loja tem certeza da impunidade e até debochou quando foi chamada à delegacia para depoimento.
 

“Ela voltou para a loja falando que não ia dar em nada, que era amiga da delegada. Ela teve todas as chances de se desculpar, ser humilde, mas ela me humilhou. Tentou sair por cima, dizer que eu implorei para ser mandada embora quando, na verdade, eu pedi demissão. Não ia suportar mais um dia lá”, disse.
 

Motivada pela sequência de acontecimentos, Rosilene decidiu pedir demissão e, orientada por um advogado, registrou um boletim de ocorrência na 29ª DP (Madureira) no dia 7 de junho. Como estava em período de experiência, a operadora de caixa recebeu R$ 80 de rescisão e, desde então, não conseguiu se recolocar no mercado de trabalho.

A 29ª DP (Madureira) informou que o inquérito foi finalizado na tarde de ontem (21) pelo delegado titular, Niandro Ferreira Lima, e a gerente da loja será indiciada por injúria racial, de acordo com o artigo 140 e pode pegar de um a três anos de prisão, além de multa.
 

Nota
 

Em nota, a Subway destacou que “não tolera qualquer tipo de racismo nos restaurantes da rede e o franqueado pede desculpas pelo mal-entendido”. Além disso, a empresa informou que vai reforçar o treinamento dos funcionários para que esses casos não se repitam.
 

“A equipe é orientada para agir de forma ética, cordial e respeitosa. O franqueado responsável por esta loja tomou medidas imediatas para orientar a gerente. A rede aguarda o resultado da investigação da polícia, está colaborando com os órgãos públicos na solução do caso e adotará as medidas cabíveis”, completou.

Fonte: Vermelho, 25 de julho de 2016

Fonte: fetraconspar.org.br

 

 

 

 
 

 

Rosilene Medeiros, 30, trabalhava em uma filial da lanchonete Subway há dois meses, no Rio de Janeiro, quando se viu obrigada a pedir demissão após ver que a gerente do estabelecimento publicou uma foto sua limpando o balcão do local com a seguinte legenda: “Protagonista da novela escravasaura (sic)”. As informações são dos jornais cariocas O Dia e Extra.

A jovem (foto)não suportou inúmeros comentários racistas da chefe, e preferiu ficar desempregada.
 

“Ela estava tirando várias fotos da loja neste dia e eu estava limpando o balcão. Vi que ela tirou a foto e pedi que ela não publicasse, afinal, eu estava de joelhos limpando a vitrine. E mesmo pedindo para não publicar, ela foi lá e colocou a foto e ainda escreveu isso”, disse Rosilene.

Dias depois do ocorrido, Rosilene ficou curiosa com as fotos e foi procurá-las através do perfil de uma amiga. Quando encontrou a publicação, passou mal.
 

“Minha filha de sete anos ficava me perguntando por que eu estava nervosa, por que eu me tremia e chorava tanto. Como vou explicar isso para uma criança dessa idade?”, desabafa.

Ainda chateada, a operadora de caixa foi confrontar a gerente sobre o registro e pediu para conversar sobre o ocorrido com o dono da loja, que alegou não ter visto ofensa e que a gerente do local estava elogiando Rosilene, porque a comparava com uma atriz.
 

“Eu falei pra ele: ‘Você sabe que ela me chamou de escrava, não sabe?’ E ele insistiu que não, que ela tinha falado me comparando a uma atriz”, conta.
Rosilene ressaltou ainda que esta não foi a primeira vez que a gerente fez comentários preconceituosos. 

 

“Teve uma vez que ela jogou fora uma carne estragada na lixeira atrás do meu caixa e depois disse que eu estava cheirando mal. Outra vez, assim que um funcionário novo entrou na empresa, ela brincou dizendo que eu ‘fedia a macaca'”, lembrou a ex-funcionária.
 

Para Rosilene, a gerente da loja tem certeza da impunidade e até debochou quando foi chamada à delegacia para depoimento.
 

“Ela voltou para a loja falando que não ia dar em nada, que era amiga da delegada. Ela teve todas as chances de se desculpar, ser humilde, mas ela me humilhou. Tentou sair por cima, dizer que eu implorei para ser mandada embora quando, na verdade, eu pedi demissão. Não ia suportar mais um dia lá”, disse.
 

Motivada pela sequência de acontecimentos, Rosilene decidiu pedir demissão e, orientada por um advogado, registrou um boletim de ocorrência na 29ª DP (Madureira) no dia 7 de junho. Como estava em período de experiência, a operadora de caixa recebeu R$ 80 de rescisão e, desde então, não conseguiu se recolocar no mercado de trabalho.

A 29ª DP (Madureira) informou que o inquérito foi finalizado na tarde de ontem (21) pelo delegado titular, Niandro Ferreira Lima, e a gerente da loja será indiciada por injúria racial, de acordo com o artigo 140 e pode pegar de um a três anos de prisão, além de multa.
 

Nota
 

Em nota, a Subway destacou que “não tolera qualquer tipo de racismo nos restaurantes da rede e o franqueado pede desculpas pelo mal-entendido”. Além disso, a empresa informou que vai reforçar o treinamento dos funcionários para que esses casos não se repitam.
 

“A equipe é orientada para agir de forma ética, cordial e respeitosa. O franqueado responsável por esta loja tomou medidas imediatas para orientar a gerente. A rede aguarda o resultado da investigação da polícia, está colaborando com os órgãos públicos na solução do caso e adotará as medidas cabíveis”, completou.

Fonte: Vermelho, 25 de julho de 2016

Fonte: fetraconspar.org.br

 

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