Dia de goleda em Brasília: política 5 x 0 Bolsonaro
Poucas vezes um governo sofreu derrotas tão expressivas num mesmo dia. Brasília não perdoa. Gritos e ameaças em redes sociais são respondidos com sorrisos e facadas nas costas quando os profissionais resolvem entrar em campo.
Por Ricardo Cappelli*
Acompanhem os gols:
Política 1 x 0 – Pela manhã, Maia reúne a comissão criada para avaliar o pacote anticrime com o Ministro do STF, Alexandre de Moraes. A maioria das medidas de Moro é descartada e o foco passa a ser o combate ao crime organizado. A Globo passa o recibo e choraminga a derrota do ex-juiz no JN.
Política 2 x 0 – No início da tarde os líderes dos partidos do Centrão assinam manifesto se dizendo a favor da reforma da previdência mas contra a desconstitucionalização da previdência, medida que dava ao governo o poder de mexer nas regras por lei complementar, sem necessidade de quórum qualificado.
Política 3 x 0 – O mesmo documento anuncia que estes partidos votarão contra as mudanças nas regras para concessão da aposentadoria rural. São contra medidas que afetem os mais pobres.
Política 4 x 0 – O documento diz ainda que os partidos votarão contra as mudanças no BPC – Benefício de Prestação Continuada, um auxílio de um salário mínimo para idosos pobres. Guedes queria reduzir o valor para 400 reais.
Política 5 x 0 – A noite, o plenário da Câmara aprova com mais de 400 votos uma emenda constitucional tornando as emendas de bancada obrigatórias e aumentando o percentual destinado a elas de 0.6 para 1% da receita corrente líquida do ano anterior. O governo diz que a medida aumenta gastos e eleva o engessamento do orçamento federal para 97%.
Pelo visto, a sorte do Capitão é que o dia só tem 24 horas. Foi um massacre. Maia sorridente pregando conciliação, todos se dizendo amigos de todos com cara de paisagem enquanto a política massacrava a valentia despolitizada.
Para o povo foi um dia excelente. A briga entre liberais democráticos e autoritários retirou da agenda medidas que penalizavam os mais pobres.
Vamos aguardar os fatos. Se virá contra ataque ou se os goleados vão entubar calados.
Para a extrema direita e para os esquerdistas, a mesma lição de sempre: na política, existe a política. Na democracia, quem se isola e nega a política é sempre derrotado.
Política 1 x 0 – Pela manhã, Maia reúne a comissão criada para avaliar o pacote anticrime com o Ministro do STF, Alexandre de Moraes. A maioria das medidas de Moro é descartada e o foco passa a ser o combate ao crime organizado. A Globo passa o recibo e choraminga a derrota do ex-juiz no JN.
Política 2 x 0 – No início da tarde os líderes dos partidos do Centrão assinam manifesto se dizendo a favor da reforma da previdência mas contra a desconstitucionalização da previdência, medida que dava ao governo o poder de mexer nas regras por lei complementar, sem necessidade de quórum qualificado.
Política 3 x 0 – O mesmo documento anuncia que estes partidos votarão contra as mudanças nas regras para concessão da aposentadoria rural. São contra medidas que afetem os mais pobres.
Política 4 x 0 – O documento diz ainda que os partidos votarão contra as mudanças no BPC – Benefício de Prestação Continuada, um auxílio de um salário mínimo para idosos pobres. Guedes queria reduzir o valor para 400 reais.
Política 5 x 0 – A noite, o plenário da Câmara aprova com mais de 400 votos uma emenda constitucional tornando as emendas de bancada obrigatórias e aumentando o percentual destinado a elas de 0.6 para 1% da receita corrente líquida do ano anterior. O governo diz que a medida aumenta gastos e eleva o engessamento do orçamento federal para 97%.
Pelo visto, a sorte do Capitão é que o dia só tem 24 horas. Foi um massacre. Maia sorridente pregando conciliação, todos se dizendo amigos de todos com cara de paisagem enquanto a política massacrava a valentia despolitizada.
Para o povo foi um dia excelente. A briga entre liberais democráticos e autoritários retirou da agenda medidas que penalizavam os mais pobres.
Vamos aguardar os fatos. Se virá contra ataque ou se os goleados vão entubar calados.
Para a extrema direita e para os esquerdistas, a mesma lição de sempre: na política, existe a política. Na democracia, quem se isola e nega a política é sempre derrotado.
*Ricardo Cappelli é secretário da representação do governo do Maranhão em Brasília e foi presidente da União Nacional dos Estudantes.
Vermelho
Fonte: sintracimento.org.br