Pesquisa revela rejeição dos brasileiros ao governo e ao presidente
Pesquisa do PoderData realizada nesta semana (1-3.mar.2021) indica que as taxas de rejeição ao trabalho de Jair Bolsonaro e ao seu governo seguem em patamar alto, mas sem variações além da margem de erro do levantamento (de 2 pontos percentuais).
A aprovação ao governo federal (“você aprova ou desaprova o governo do presidente Jair Bolsonaro?”) é de 40%. A desaprovação é de 51%. Outros 9% dizem não saber. Duas semanas antes, no levantamento do PoderData de 15 a 16 de fevereiro, essas proporções eram de 43% (aprovação), 49% (desaprovação) e 8% (não sabe).
Mesmo tendo variado negativamente de 43% para 40% em duas semanas, a aprovação do governo federal deve ser considerada estável, como mostram as curvas do quadro a seguir.
Também é importante notar que a margem de erro (2 pontos) vale para mais e para menos. Portanto, os 40% atuais podem ser até 42% (no limite máximo) e 38% (no limite mínimo). E os 43% de duas semanas atrás poderiam ser de 41% a 45%.
O PoderData também pede que os entrevistados respondam se o trabalho de Bolsonaro como presidente é ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. No levantamento divulgado nesta 4ª feira (3.mar), 47% dizem que é ruim ou péssimo; 31%, bom ou ótimo; e 18%, regular.
A avaliação negativa em relação ao desempenho pessoal do presidente está em um patamar elevado, com tendência de alta desde o início de dezembro.
No período em que foi realizada a pesquisa, o Brasil bateu consecutivos recordes e viu a situação da pandemia de covid-19 se agravar, contabilizando mais de 1.200 mortes diárias, considerando a média dos 7 dias anteriores.
Pouco antes, também repercutiu muito na mídia a troca do comando da Petrobras e os aumentos na gasolina e no diesel. Nada disso, por ora, parece ter influenciado a percepção dos brasileiros sobre Bolsonaro e seu governo.
Pesquisados
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
O estudo destacou, também, os recortes para as respostas à pergunta sobre a percepção dos brasileiros em relação ao governo.
A administração federal sempre teve altas taxas de aprovação na região Norte. Nesta rodada, o indicador virou ao contrário, e há mais pessoas descontentes do que contentes com o governo (leia os percentuais abaixo), mesmo que com proporções parecidas com a média geral.
Os estratos que apresentam as mais altas taxas de desaprovação são: mulheres (55%); os que têm de 25 a 44 anos e os que têm 60 anos ou mais (55% em ambos os grupos); os com ensino superior (64%); moradores do Nordeste (58%); e os que ganham de 5 a 10 salários mínimos (63%).
Já os que mais aprovam são: os que têm de 45 a 59 anos (46%); moradores da região Sul (53%); e os que ganham de 2 a 5 salários mínimos (46%). As taxas dos demais grupos estão emboladas dentro da margem de erro com as proporções da avaliação geral.
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Fonte: Diap
Fonte:sintracimento.org.br