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Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Ladrilhos Hidráulicos, Produtos de Cimento, Fibrocimento e Artefatos de Cimento Armado de Curitiba e Região

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Renegociação é a palavra-chave para tirar as contas do vermelho

Renegociação é a palavra-chave para tirar as contas do vermelho

Os indicadores econômicos não estão nada favoráveis neste momento de crise política e econômica. E os prognósticos não são nem um pouco animadores, pelo menos a curto e médio prazo, segundo os analistas de mercado. Mas isso não é motivo para desespero, mesmo que você esteja enfrentando dificuldades orçamentárias, como perda de emprego, achatamento da renda, contas atrasadas e até com o nome “sujo” nos órgãos de proteção ao crédito.

Em casos como estes, especialistas em educação financeira aconselham a fazer um diagnóstico da situação em que se encontra, listar todos os compromissos e rever hábitos de consumo para se adequar à nova realidade financeira. Uma das palavras-chave na atual conjuntura é renegociação (confira as dicas no quadro).

Não é à toa que os próprios bancos já se anteciparam ao cenário adverso, aumentando suas provisões para possíveis perdas com operações de crédito. Segundo o diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Anthero Meirelles, a inadimplência e as renegociações de dívidas devem aumentar. “A gente espera evidentemente que a inadimplência continue crescendo, não estamos esperando nada explosivo, nenhuma ruptura. Mas está crescendo em todos os bancos”, constata.

Nas alturas

Outro fator que está impactando nos orçamentos domésticos é o altíssimo patamar das taxas de juros. Conforme pesquisa divulgada pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), no cartão de crédito – modalidade campeã de dívidas no país – o índice alcançou 432,24% ao ano em março. Já no cheque especial, ficou em 263,71%. Na avaliação do diretor executivo de Estudos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, o aumento dos juros busca compensar possíveis perdas das instituições financeiras com a inadimplência. De acordo com ele, a tendência é que os juros continuem a subir nos próximos meses.

Risco de nome sujo

Pesquisa nacional Perfil do Consumidor Inadimplente, feita pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), referente ao primeiro trimestre de 2016, revela que 41% dos entrevistados não conseguiram pagar as contas em dia porque perderam o emprego e 18% devido à redução da renda.

De acordo com a Fecomércio-PR, 27% dos paranaenses têm contas em atraso, dos quais 10,3% não terão condições de pagar. Outros 46,3% estão com parcelas atrasadas há mais de 90 dias e já podem ter seu CPF incluso nos sistemas de proteção ao crédito. O tempo médio de comprometimento com as dívidas é 6,9 meses. Entre as famílias com renda de até 10 salários mínimos só 26,2% têm condições de pagar totalmente suas contas. O cartão de crédito representa 69% das dívidas.

 

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