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Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Ladrilhos Hidráulicos, Produtos de Cimento, Fibrocimento e Artefatos de Cimento Armado de Curitiba e Região

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Centrais sindicais se articulam para barrar ataque à CLT no Senado

 

 

Durante reunião com parlamentares, sindicalistas mostraram preocupação com o avanço acelerado da Reforma Trabalhista na Câmara. Senadores prometeram dialogar com o presidente da Casa para que o ritmo da democrático seja respeitado.

Por  Sônia Corrêa 
 

O foco das movimentações da semana em Brasília voltou-se às reformas do ilegítimo governo Temer e sua milícia de parlamentares, que tem passado os dias destruindo os direitos trabalhistas e a aposentadoria dos brasileiros.

Considerando que a Câmara dos Deputados está funcionando como um rolo compressor, atropelando as garantias legais que protegem o povo brasileiro, as centrais sindicais, entidades e organizações do direito do trabalho participaram de uma reunião para estabelecer um diálogo com os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Kátia Abreu (PMDB-TO).
 

Para Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o encontro deu-se em um importante momento, no qual o governo advoga em torno de uma agenda ultraliberal, que impede a retomada do crescimento econômico, flexibilizando e precarizando as relações de trabalho.
 

“Esse agravamento da situação da classe trabalhadora exige das centrais sindicais um posicionamento mais firme e fruto da maturidade política, a partir do Fórum das Centrais. Esta conversa vai de encontro a uma dessas nuances, de busca de uma posição contrária à postura do governo que, com sua tropa de choque, tenta aniquilar os direitos sacramentados pela CLT”, sinaliza Adilson.
 

O encontro teve como finalidade levar aos parlamentares um pedido de manifestação pública e intervenção, junto à base do PMDB, garantindo um maior diálogo em que possam ser refletidas as reinvindicações das entidades, contrárias às reformas.
 

Durante a reunião, a líder do PCdoB na Câmara, deputada Alice Portugal (BA), demonstrou preocupação tanto com o teor da proposta como com seu andamento no Congresso. “Em poucos dias os direitos conquistados duramente estão se esvaindo de maneira célere, e isso é inadmissível em qualquer lugar do mundo. Tudo está sendo derrubado com um mosaico de dominós. São quase 190 artigos contestáveis, todos reescrevendo a CLT. Isso não pode ir adiante.” 
 

Renan Calheiros se posicionou diante das representações com muita firmeza, se dizendo preocupado com a revisão da legislação trabalhista e até cláusulas da Constituição, de maneira açodada. “O ideal seria que as leis envelhecessem com a sociedade, mas como isso não acontece, eventualmente precisamos atualizá-las. Mas, uma coisa é atualizar. Outra coisa é desmontar.”
 

Calheiros completou dizendo que as mudanças não podem significar o desmonte do Estado democrático e social. O senador também se comprometeu em realizar o debate junto ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, para que o ritmo da tramitação das reformas no Senado permitainterlocução democrática com a sociedade, diferentemente do que acontece na Câmara.
 

Kátia Abreu deixou clara sua posição contrária à Reforma da Previdência que, segundo ela, trata os desiguais como se fossem iguais. No que diz respeito à Trabalhista, a senadora disse que a terceirização aprovada na Câmara já foi uma grande violência contra a classe trabalhadora.
 

O presidente da CTB destaca que, apesar da receptividade dos senadores em dialogar, é cada vez mais importante a canalização de esforços para a grande greve geral do dia 28 de abril, pois serão os movimentos de rua o determinante para reverter o quadro desfavorável ao mundo do trabalho.

 

Fonte: Vermelho, 27 de abril de 2017
 

Fonte: fetraconspar.org.br

 

 

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