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Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Ladrilhos Hidráulicos, Produtos de Cimento, Fibrocimento e Artefatos de Cimento Armado de Curitiba e Região

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Desemprego e falta de perspectivas elevam informalidade

      A taxa de desemprego teve um leve recuo para 13% no segundo trimestre deste ano, atingindo 13,5 milhões de pessoas. Porém, segundo o IBGE, essa suposta melhora no mercado de trabalho se deu à custa do aumento da informalidade. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

O número de empregados sem Carteira assinada, estimado em 10,7 milhões, subiu 4,3% em relação aos três primeiros meses do ano e 5,4% em relação ao segundo trimestre de 2016.

Hélio Gherardi

Aumento na informalidade é sinal de desespero diante da falta de perspectiva de empregos formais. Essa é a opinião de Hélio Gherardi, advogado de entidades de classe e consultor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

"Esses trabalhadores se arriscam em atividades informais e a consequência direta é a perda de diretos. Eles não recolhem INSS e passam a ficar por conta própria. Outro resultado é que, se permanecer esse panorama por muito tempo, a Previdência perde arrecadação, assim como a Receita Federal", disse o advogado à Agência Sindical.

Hélio Gherardi destaca que a situação pode piorar com as mudanças que virão nas leis trabalhistas, que entram em vigor a partir de novembro: "Se está assim agora, imagine quando a reforma trabalhista começar a vigorar. A nova lei autoriza as empresas a realizarem contratos precários, podendo piorar a situação de falta de proteção trabalhista", alerta.

A Agência conversou também com Pedro Afonso Gomes, presidente do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo. Segundo ele, essa oscilação na taxa de desemprego pode estar relacionada a dois fatores. "Ou a pessoa desistiu de procurar ou encontrou algo que atenda minimamente suas necessidades, o que geralmente é algo informal" diz.

"A necessidade de pagar as contas está levando as pessoas a buscarem alternativas. Cito como exemplo o Uber em São Paulo, que saltou de três mil para 30 mil veículos em três anos. Com o desemprego ultrapassando 13 milhões, as pessoas estão fazendo o que podem", comenta.
 

Pedro Afonso

Comércio – Pedro Afonso diz que não há saída. As pessoas tentam conseguir emprego, mas ao não conseguir buscam alternativas.

"Os comerciantes estão muito preocupados com o comércio informal. São camelôs, pessoas que realizam vendas pela internet, montam sites. O próprio comércio estabelecido aumentou significativamente a venda eletrônica, o que dispensa o vendedor. Tudo isso acaba levando quem está desempregado a ir para informalidade", ressalta.

                            

Fonte: Agência Sindical, 1º de agosto de 2017

 

Fonte: sintracimento.org.br              

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