Alckmin: Apoio à reforma trabalhista e fim do Ministério do Trabalho
O pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, confirmou que manterá a extinção do imposto sindical caso vença as eleições de outubro. A declaração aconteceu durante a entrevista do tucano ao programa Roda Viva nesta segunda-feira (23). Alckmin também cogitou extinguir o Ministério do Trabalho. Na semana passada, no acerto com o centrão (PR, DEM, PRB, PP e Solidariedade), o ex-governador de São Paulo afirmou que a reforma trabalhista permanece como está.
Alckmin teve que responder se a aproximação da candidatura dele com o centrão significa a tentativa de ganhar a eleição a qualquer custo. Afirmou aos jornalistas que busca apoio. O projeto político do centrão desde o golpe vai ao encontro das declarações de Alckmin, que afirma que vai preservar medidas do governo de Michel Temer.
O PSDB apoio Temer na aprovação da reforma trabalhista, da lei da terceirização e da Emenda Constitucional do teto de gastos que congelou por 20 anos recursos públicos para a saúde e educação.
Alckmin reitera apoio à reforma trabalhista de Temer
O respaldo de Alckmin à reforma trabalhista, sobretudo o apoio ao financiamento sindical, tem provocado desconforto entre lideranças do Solidariedade, integrante do centrão. Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, teria defendido em reunião com o tucano uma fonte de financiamento para o movimento sindical.
O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, postou no twitter a contrariedade sobre a afirmação do tucano na rede semana passada de que não revogaria a reforma trabalhista. “Esse é o candidato que quer sindicalistas da Folha apoiando seus planos de governo e ajudando-o a chegar lá no Planalto? Pode tirar o cavalinho da chuva”.
Durante o Roda Viva, Alckmin reiterou o apoio à reforma trabalhista e afirmou que o fim do imposto sindicato deve criar um cenário em que sejam preservados apenas “os sindicatos que efetivamente funcionem”. O tucano enfatizou que entre os milhares de sindicatos de trabalhadores “grande parte nunca fez convenção”.
Frustração com o vice
Alckmin tentou minimizar o desinteresse do empresário Josué Alencar, filho de José Alencar, ex-vice de Lula, para ocupar a vice-presidência na chapa. “Vice é a última coisa que se escolhe”, afirmou Alckmin. Nome de consenso no centrão, Alencar teria afirmado, segundo o Painel da Folha de S.Paulo, que “Alckmin deveria ficar à vontade para escolher outro nome”.
Do Portal Vermelho com informações do Valor Econômico, 25 de julho de 2018.
Fonte: sintracimento.org.br