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Acordo para Brasil entrar na OCDE prejudica o país, diz Serra

  • Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária.   À bancada, em pronunciamento, senador José Serra (PSDB-SP).   Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
  • Jefferson Rudy/Agência Senado

    O acordo feito pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, com os Estados Unidos para a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) será prejudicial para o comércio exterior brasileiro, disse nesta quarta-feira (20) o senador José Serra (PSDB-SP), em Plenário.

    O acordo prevê que o Brasil passará a fazer parte da organização em troca da renúncia do tratamento especial que recebe perante a Organização Mundial do Comércio (OMC) por ser país emergente. Para Serra, o país perderá instrumentos de barganha ao abrir mão desse tratamento.

    — O ganho de obter o apoio dos Estados Unidos nas tratativas para o ingresso no OCDE não compensa os prejuízos causados pela renúncia de tratamento diferenciado na Organização Mundial do Comércio. Primeiro porque não significa que o Brasil entrará imediatamente. Há ainda exigências que o Brasil terá que cumprir. Segundo, os investimentos diretos não necessariamente dependem de estar ou não na OCDE. O Brasil é um mundo para investimentos diretos estrangeiros e não pertenceu nunca à OCDE.

    Serra lembrou que durante o período em que foi ministro das Relações Exteriores, no governo Michel Temer, foram iniciadas tratativas para o ingresso do Brasil, mas não contemplando renúncias ou concessões dessa natureza. Ele disse ser favorável à entrada do Brasil na OCDE, mas contrário ao preço pelo qual o governo Bolsonaro se mostrou disposto a pagar.

    O senador destacou medidas e acordos na OMC que o Brasil perderá. Ele acrescentou que não entrar na OCDE pode atrapalhar o país, mas acha um exagero considerar que essa entrada levaria a uma inundação de investimentos estrangeiros, o que pode ser constatado, de acordo com Serra, nos casos do México e do Chile. Os dois países entraram na OCDE em 1994 e 2010 respectivamente, mas não tiveram aumento significativo dos investimentos estrangeiros.

    Agência Senado 

     

    Fonte: sintracimento.org.br

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