As vaias e o Datafolha mostram o tamanho da oposição a Bolsonaro
As vaias a Bolsonaro no Mineirão e no Maracanã e a desaprovação que o Datafolha revela são faces da mesma moeda de oposição ao presidente da República.
Por José Carlos Ruy
O "mito" eleito para a presidência da República e 2018 parece derreter. A pesquisa do Datafolha divulgada nesta segunda-feira (8) demonstra essa realidade com a mesma força das vaias ao capitão-presidente Jair Bolsonaro no Mineirão e no Maracanã. No Mineirão, na quarta-feira (3) ele tentou desfilar durante o intervalo do jogo em que o Brasil venceu a Argentina por 2 a 0, e as vaias da maioria dos torcedores mostraram o derretimento do "mito". Vaia confirmada no jogo em que a Seleção venceu o Peru (3×1), no Maracanã, neste domingo (7).
A manifestação popular direta – através da vaia – é confirmada pela divulgação, nesta segunda-feira (8), dos resultados da última pesquisa do Datafolha, que revela a extensão do esfarelamento da imagem de Bolsonaro. Seu governo é desaprovado por quase dois terços da opinião pública: 33% o avaliam como ruim ou péssimo; 31%, regular; e 33% o aprovam como ótimo ou bom. É um terço na oposição e outro terço favorável a ele. E outro que acha seu governo apenas "regular" – que pode ser entendido como nem o aprova nem o rejeita.
De toda maneira é a pior avaliação de um presidente em início de mandato desde Fernando Collor de Mello, em 1990: quando completou seis meses de governo – como Bolsonaro, neste início de julho – Collor era aprovado por 34% da população, contra 20% que o rejeitavam. Uma situação mais confortável do que a de Bolsonaro tendo em vista que sua rejeição chega a 33% e se iguala ao número dos que ainda o aprovam.
Esta situação – de derretimento de sua imagem – pode ser particularmente difícil para o presidente no Congresso Nacional, onde sua base parlamentar é frágil e pode criar obstáculos difíceis de superar para a aprovação dos projetos presidenciais, entre eles a reforma da Previdência, que acumula maldades contra o povo e os trabalhadores, acirra a oposição popular a seu governo de direita, e pode ter efeitos sensíveis sobre os parlamentares, que quase sempre são atentos às oscilações da opinião pública.
Cai a confiança no presidente, desaba a avaliação do governo. Na pesquisa anterior, divulgada em abril, 59% das pessoas previam que faria um bom governo. Agora, três meses depois, esse número caiu para 51%, e a tendência é para baixo.
O Datafolha mostra também o grande pessimismo e infelicidade que seu governo causa. Dois terços (65%) dos entrevistados se disseram tristes com o Brasil, ante um terço (33%) que se diz feliz. A porcentagem daqueles que dizem ter medo do futuro é 58%. Medo provocado pela percepção de problemas que se agravam. Caiu o percentual daqueles viam a corrpuão como o grande problema – eram 20% na época da eleição, em outubro passado; caiu para 7% na sondagem hoje divulgada.
Outros temas, de grande importância para a vida da população, passaram a ocupar o lugar daquele espantalho que a direita sempre agita contra governos progressistas e democráticos. Apontaram a educação como um dos grandes problemas do país, sob ameaça do governo Bolsonaro, 15% dos enrtrevistados; outros estão preocupados com a segurança (19%), saúde (18%), e o desemprego (14%).
O "mito" parece esfarelar, revelam a pesquisa e as vaias. Mostrando que a população está atenta aos desmandos do governo da extrema-direita que se curva aos interesses dos muito ricos, à ganância do capital especulativo e às imposições do imperialismo dos EUA, e volta as costas às demandas dos brasileiros – que manifestam de foma inequívoca seu desacordo com o desmonte do Estado nacional, da soberania brasileira e dos direitos sociais do povo e dos trabalhadores.
A manifestação popular direta – através da vaia – é confirmada pela divulgação, nesta segunda-feira (8), dos resultados da última pesquisa do Datafolha, que revela a extensão do esfarelamento da imagem de Bolsonaro. Seu governo é desaprovado por quase dois terços da opinião pública: 33% o avaliam como ruim ou péssimo; 31%, regular; e 33% o aprovam como ótimo ou bom. É um terço na oposição e outro terço favorável a ele. E outro que acha seu governo apenas "regular" – que pode ser entendido como nem o aprova nem o rejeita.
De toda maneira é a pior avaliação de um presidente em início de mandato desde Fernando Collor de Mello, em 1990: quando completou seis meses de governo – como Bolsonaro, neste início de julho – Collor era aprovado por 34% da população, contra 20% que o rejeitavam. Uma situação mais confortável do que a de Bolsonaro tendo em vista que sua rejeição chega a 33% e se iguala ao número dos que ainda o aprovam.
Esta situação – de derretimento de sua imagem – pode ser particularmente difícil para o presidente no Congresso Nacional, onde sua base parlamentar é frágil e pode criar obstáculos difíceis de superar para a aprovação dos projetos presidenciais, entre eles a reforma da Previdência, que acumula maldades contra o povo e os trabalhadores, acirra a oposição popular a seu governo de direita, e pode ter efeitos sensíveis sobre os parlamentares, que quase sempre são atentos às oscilações da opinião pública.
Cai a confiança no presidente, desaba a avaliação do governo. Na pesquisa anterior, divulgada em abril, 59% das pessoas previam que faria um bom governo. Agora, três meses depois, esse número caiu para 51%, e a tendência é para baixo.
O Datafolha mostra também o grande pessimismo e infelicidade que seu governo causa. Dois terços (65%) dos entrevistados se disseram tristes com o Brasil, ante um terço (33%) que se diz feliz. A porcentagem daqueles que dizem ter medo do futuro é 58%. Medo provocado pela percepção de problemas que se agravam. Caiu o percentual daqueles viam a corrpuão como o grande problema – eram 20% na época da eleição, em outubro passado; caiu para 7% na sondagem hoje divulgada.
Outros temas, de grande importância para a vida da população, passaram a ocupar o lugar daquele espantalho que a direita sempre agita contra governos progressistas e democráticos. Apontaram a educação como um dos grandes problemas do país, sob ameaça do governo Bolsonaro, 15% dos enrtrevistados; outros estão preocupados com a segurança (19%), saúde (18%), e o desemprego (14%).
O "mito" parece esfarelar, revelam a pesquisa e as vaias. Mostrando que a população está atenta aos desmandos do governo da extrema-direita que se curva aos interesses dos muito ricos, à ganância do capital especulativo e às imposições do imperialismo dos EUA, e volta as costas às demandas dos brasileiros – que manifestam de foma inequívoca seu desacordo com o desmonte do Estado nacional, da soberania brasileira e dos direitos sociais do povo e dos trabalhadores.
*José Carlos Ruy é jornalista, escritor e colunista do Portal Vermelho
Fonte:sintracimento.org.br