Moro e Guedes perderam superpoderes
Sergio Moro e Paulo Guedes, que assumiram seus cargos no governo Bolsonaro com status de superministros, hoje não passam de ministros comuns. O jornalista João Domingos conta os motivos das derrocadas
247 – Em matéria publicada neste sábado (21) no Estado de S.Paulo, o jornalista João Domingos conta como Sergio Moro, da Justiça, e Paulo Guedes, da Economia, anteriormente alçados à categoria de superministros de Jair Bolsonaro, perderam seus "superpoderes" e agora não passam de ministros comuns.
Sobre o ex-juiz Sergio Moro, ele escreve: "acontece que um relatório do Coaf, feito em conjunto com o Ministério Público, alcançou o ex-policial Fabrício Queiroz, que fora assessor do então deputado Flávio Bolsonaro, filho do presidente. Logo vazou a notícia de que a investigação chegara a Flávio, agora senador. Ao mesmo tempo, o Congresso tirava o Coaf de Moro, sem que Bolsonaro fizesse nenhum esforço para reverter a situação. Depois, o presidente tornou público seu descontentamento com a superintendência da PF do Rio e ameaçou demitir o diretor da corporação, Maurício Valeixo, escolhido por Moro".
Em relação a Guedes, "o problema ocorreu primeiro com Joaquim Levy, escolhido para o BNDES. Bolsonaro ordenou sua demissão. Depois, com o economista Marcos Cintra, chefe da Receita, encarregado de comandar a proposta de reforma tributária. Bolsonaro não gostou da forma como insistiu em criar um imposto parecido com a CPMF. Mandou que fosse demitido", explica.
"Se não têm autonomia para comandar seus ministérios, escolher seus auxiliares, os dois ministros não podem mais ser chamados de super", constata Domingos.