“Falta oportunidade gera uberização”, alerta coordenadora do Dieese
Em meio à estagnação econômica e ao alto desemprego no País, o mercado de trabalho se expandiu, no último ano, com mais profissionais atuando como motoristas por aplicativo e vendedores ambulantes. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE revela que mais de 1 milhão de brasileiros chegaram a essa situação em comparação a 2017.
IBGE revela que mais de 1 milhão de passaram a atuar como motoristas de aplicativo
O Brasil já tem 3,586 milhões de pessoas trabalhando em veículos, 810 mil a mais que no ano anterior – aumento de quase 30%. Outros 2,304 milhões atuavam como ambulantes, 249 mil a mais em um ano, acréscimo de 12,1%. Em 12 meses, outros 905 mil trabalhadores a mais passaram trabalhar como entregadores a bordo de motocicleta e bicicleta, muitos recrutados por aplicativo. Outras 670 mil pessoas começaram a trabalhar casa, a maioria por conta própria.
Segundo a coordenadora Executiva do Dieese, Patrícia Pelatieri, trata-se de uma estratégia de sobrevivência. “Não é opção, como muitos analistas do mercado gostam de dizer. É falta de escolha”, ela diz. Patrícia afirma que não dá pra falar em tendência, uma vez que a economia continua andando de lado, há um ataque aos direitos e à organização sindical. “Trata-se da precarização intensa das condições de trabalho”, argumenta.
A economista adianta que o Dieese divulgará em breve estatísticas sobre o adoecimento dos trabalhadores informais e uberizados.
Agência Sindical