Após mobilizações populares, governo chileno recua e anuncia melhorias
O presidente chileno Sebastián Piñera anunciou mudanças no sistema de aposentadorias, na última quarta (16), após a enxurrada de protestos populares contra o governo.
Piñera propôs aumento de 6% nas contribuições previdenciárias, que serão pagas pelas empresas, a partir de agora. Uma alíquota de 3% vai complementar a arrecadação paga pelo trabalhador e outros 3% serão destinados a um fundo público criado para reforçar as aposentadorias.
Além disso, o presidente do Chile anunciou um reajuste de 6% no valor das aposentadorias que já estão sendo pagas. No país, esses pagamentos funcionam, atualmente, com uma alíquota de 10% do salário paga apenas pelo trabalhador, sem contrapartida do empregador.
O dinheiro é depositado numa conta individual e gerido por fundos privados, que faz com que 91% dos beneficiários recebam, em média, R$ 694,00. Com um valor baixo desses, diversos aposentados acabaram cometendo suicídio.
Popularidade – Essas medidas são para recuperar a popularidade do governo, que atingiu 82% de rejeição e apenas 6% de apoio. Esse é o pior índice desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
Agência Sindical