Fim do auxílio e segunda onda pode levar a contração do PIB no primeiro trimestre, aponta IFI
Os gastos do governo com eventual extensão do auxílio emergencial serão de R$ 34,2 bilhões, segundo estimativas da instituição
Por Lu Aiko Otta, Valor — Brasília
É possível que o Produto Interno Bruto (PIB) apresente contração no primeiro trimestre de 2021 na comparação com o trimestre anterior na série com ajuste sazonal, aponta a Instituição Fiscal Independente (IFI) em relatório divulgado hoje. O motivo são os feitos, sobre o consumo de bens e serviços, da segunda onda da pandemia e do fim do auxílio emergencial.
O cenário econômico também levou a IFI a alterar uma hipótese de seu cenário fiscal. A recuperação das receitas como proporção do PIB, antes prevista para ocorrer de forma imediata a partir de 2021, foi trocada por uma trajetória de recuperação gradual.
Dois motivos principais levaram a isso: a retomada está concentrada em alguns setores, como indústria e comércio varejista, e há “elevadas incertezas com respeito à manutenção dessa recuperação no presente ano.”
Os gastos do governo com eventual extensão do auxílio emergencial serão de R$ 34,2 bilhões, segundo estimativas da Instituição Fiscal Independente (IFI) em relatório divulgado hoje.
A projeção considera o pagamento de quatro cotas de R$ 250,00 a 45 milhões de beneficiários, que seria o cenário básico.
No cenário otimista, seriam 35 milhões de pessoas atendidas, com quatro cotas de R$ 250,00, a um custo total de R$ 24,2 bilhões. No pessimista, seriam 50 milhões de beneficiários e seis cotas de R$ 250,00, o que elevaria a conta a R$ 58,7 bilhões.
Os totais estimados não consideram o que já seria gasto com o pagamento do Bolsa Família: R$ 2,7 bilhões ao mês, para 19,2 milhões de beneficiários.
Estão previstos mais R$ 20 bilhões em gastos com vacinas e R$ 10 bilhões em outros itens relacionados ao combate à pandemia.
Fontye: Valor Investe
Fonte:sintracimento.org.br