Mais lançamentos, menos vendas
Pico de novas unidades no País tem alta de 218% em maio em comparação com o mesmo mês de 2015, mas vendas seguem fracas
por Circe Bonatelli
Em Curitiba, ajuste de preços em 2015 e 2016 reduziu em 8% o valor médio dos imóveis novos comercializados, segundo consultoria. Foto: Arquivo Folha de Londrina.
O mercado imobiliário registrou uma alta expressiva nos lançamentos em maio, embora o resultado não possa ser considerado ainda o início de uma tendência de recuperação do setor, que segue pressionado por vendas fracas e estoques crescentes em função da crise, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Os lançamentos de imóveis em maio atingiram 5.654 unidades, um pico de alta de 218,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já as vendas chegaram a 8.496 unidades, recuo de 4,1% na mesma base de comparação.
No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, os lançamentos totalizaram 21.406 unidades, crescimento de 24,7% em relação aos mesmos meses do ano passado. As vendas chegaram a 39.472, queda de 14,7% na comparação entre os mesmos períodos.
Com a alta dos lançamentos e o recuo nas vendas, o estoque foi a 114.795 unidades em maio, o que representa alta de 6,3% em um ano. A velocidade de vendas – que considera o número de unidades comercializadas ante o total ofertado – foi de 7,2% em maio, um recuo de 0,7 ponto porcentual. Com essa liquidez, seriam necessários 14 meses para realizar a venda integral desse estoque.
Fase retraída
Na avaliação de Luiz Fernando Moura, diretor da Abrainc, o pico de lançamentos é decorrente de uma comparação com números absolutos baixos do ano anterior, levando a uma variação porcentual mais acentuada. "Apesar dos números expressivos dos lançamentos, o mercado continua em uma fase bem retraída. Esperamos que seja o início de tendência de recuperação, mas não podemos assegurar isso ainda", avalia.
Moura acrescenta que existe, por enquanto, a percepção de uma mudança em curso no humor das negociações. Ele cita relatos de empresários sobre aumento nas visitas dos consumidores aos estandes e bom desempenho em campanhas específicas para comercialização de estoques. "Vemos uma mudança no humor, mas ainda não uma reação consistente", pontua.
O executivo chama atenção para o movimento continuado de queda nas vendas e alta dos estoques, motivados pela restrição dos financiamentos imobiliários e da baixa confiança dos consumidores em fechar negócios em meio ao ambiente de crise.
Distratos e entregas
De acordo com a pesquisa da Abrainc/Fipe, 3.667 unidades tiveram as vendas canceladas em maio, aumento de 1,0% frente ao mesmo mês do ano passado. Já as entregas de empreendimentos totalizaram 11.529 unidades, alta de 20% na mesma base de comparação.
No acumulado dos primeiros cinco meses de 2016, o total de distratos foi de 18.399 unidades, volume 3,1% inferior ao observado nos mesmos meses de 2015. As entregas totalizaram 49 548 unidades, volume 5,2% inferior. A pesquisa considera dados fornecidos por 19 incorporadoras de grande porte, com presença em diversas cidades e Estados, e associadas à Abrainc.
Fonte: Folha de Londrina, 15 de julho de 2016.
Fonte: fetraconspar.org.br
Em Curitiba, ajuste de preços em 2015 e 2016 reduziu em 8% o valor médio dos imóveis novos comercializados, segundo consultoria. Foto: Arquivo Folha de Londrina.
O mercado imobiliário registrou uma alta expressiva nos lançamentos em maio, embora o resultado não possa ser considerado ainda o início de uma tendência de recuperação do setor, que segue pressionado por vendas fracas e estoques crescentes em função da crise, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Os lançamentos de imóveis em maio atingiram 5.654 unidades, um pico de alta de 218,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já as vendas chegaram a 8.496 unidades, recuo de 4,1% na mesma base de comparação.
No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, os lançamentos totalizaram 21.406 unidades, crescimento de 24,7% em relação aos mesmos meses do ano passado. As vendas chegaram a 39.472, queda de 14,7% na comparação entre os mesmos períodos.
Com a alta dos lançamentos e o recuo nas vendas, o estoque foi a 114.795 unidades em maio, o que representa alta de 6,3% em um ano. A velocidade de vendas – que considera o número de unidades comercializadas ante o total ofertado – foi de 7,2% em maio, um recuo de 0,7 ponto porcentual. Com essa liquidez, seriam necessários 14 meses para realizar a venda integral desse estoque.
Fase retraída
Na avaliação de Luiz Fernando Moura, diretor da Abrainc, o pico de lançamentos é decorrente de uma comparação com números absolutos baixos do ano anterior, levando a uma variação porcentual mais acentuada. "Apesar dos números expressivos dos lançamentos, o mercado continua em uma fase bem retraída. Esperamos que seja o início de tendência de recuperação, mas não podemos assegurar isso ainda", avalia.
Moura acrescenta que existe, por enquanto, a percepção de uma mudança em curso no humor das negociações. Ele cita relatos de empresários sobre aumento nas visitas dos consumidores aos estandes e bom desempenho em campanhas específicas para comercialização de estoques. "Vemos uma mudança no humor, mas ainda não uma reação consistente", pontua.
O executivo chama atenção para o movimento continuado de queda nas vendas e alta dos estoques, motivados pela restrição dos financiamentos imobiliários e da baixa confiança dos consumidores em fechar negócios em meio ao ambiente de crise.
Distratos e entregas
De acordo com a pesquisa da Abrainc/Fipe, 3.667 unidades tiveram as vendas canceladas em maio, aumento de 1,0% frente ao mesmo mês do ano passado. Já as entregas de empreendimentos totalizaram 11.529 unidades, alta de 20% na mesma base de comparação.
No acumulado dos primeiros cinco meses de 2016, o total de distratos foi de 18.399 unidades, volume 3,1% inferior ao observado nos mesmos meses de 2015. As entregas totalizaram 49 548 unidades, volume 5,2% inferior. A pesquisa considera dados fornecidos por 19 incorporadoras de grande porte, com presença em diversas cidades e Estados, e associadas à Abrainc.
Fonte: Folha de Londrina, 15 de julho de 2016.
Fonte: fetraconspar.org.br
Fonte: fetraconspar.org.br