Filiado à:

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Ladrilhos Hidráulicos, Produtos de Cimento, Fibrocimento e Artefatos de Cimento Armado de Curitiba e Região

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Ladrilhos Hidráulicos, Produtos de Cimento, Fibrocimento e Artefatos de Cimento Armado de Curitiba e Região

Sindicato de Curitiba vai investir R$ 2,5 milhões em usina solar para associados

 

Com 850 placas fotovoltaicas e capacidade de geração média de 26 mil kW h/ mês, a microusina poderá suprir o consumo de cerca de 160 casas quando estiver em operação

por Cíntia Junges

No embalo da energia solar, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (Simec) está prestes a tirar do papel um projeto que pode aliviar a tarifa de energia dos seus associados e servir de inspiração para outras entidades e empresas.

O Simec vai investir R$ 2,5 milhões em uma usina solar que será construída no clube de campo do sindicato, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Além de gerar créditos para abater da tarifa de energia das sedes e subsedes da entidade, a ideia é garantir um excedente de energia para ser comercializado junto aos associados.

Os interessados poderão comprar cotas para suprir a demanda energética da sua residência, trocando uma conta de luz mais cara por uma mais barata por meio da compensação dos créditos. O benefício deve gerar uma economia média de R$ 60 reais na fatura de quem aderir ao plano.

Em vez de pagar o valor do consumo de energia para a concessionária, o associado faz o repasse ao sindicato, que vai amortizar no custo do investimento feito no sistema. É como se fosse um plano odontológico que o sindicato paga aos trabalhadores, mas, neste caso, é um plano energético que vai aliviar a tarifa de energia deles, detalha Alexandre Brandão, sócio fundador da 3B Energy, responsável pela execução do projeto.

“Se não for possível vender a energia por um preço mais barato, venderemos pelo mesmo preço da Copel, mas o consumidor estará livre das oscilações do preço da energia no mercado cativo”, afirma Emerson Vatrim, gestor de obras do sindicato.

A microusina vai reunir 850 placas fotovoltaicas com capacidade de geração média de 26 mil kW h/ mês, suficiente para alimentar cerca de 160 casas.

O projeto está em fase final de formatação e a implantação deve começar em dezembro deste ano. Até fevereiro de 2017, a usina solar já deverá estar gerando energia. Nesta primeira fase do projeto, a capacidade da usina solar será limitada, ou seja, não será possível atender a necessidade de todos os 17 mil associados ao sindicato, mas a procura dos trabalhadores vai funcionar como um termômetro para a expansão do projeto, afirma Vatrim.

Dependendo da demanda, o plano é dobrar a capacidade instalada por meio de uma nova usina solar. Desta vez, porém, o sindicato considera a possibilidade de construir o empreendimento no interior do estado, em um local com melhor índice de insolação, para aumentar a geração de energia e otimizar o investimento.

Antes de tirar do papel o investimento milionário na usina solar, o sindicato decidiu testar a viabilidade da autogeração de energia solar. A estreia do Simec no setor fotovoltaico se deu na subsede de São José dos Pinhais, onde foram instalados 73 painéis solares com capacidade de 2.200 kW/horas mês.

O sistema foi dimensionado para atender 50% do consumo de energia do edifício, mas já chegou a suprir até 80% da necessidade. “Nossa fatura caiu de R$ 3 mil para R$ 700, e cairia para R$ 350 se houvesse a isenção do ICMS para a geração distribuída de energia no Paraná”, detalha o gestor de obras do sindicato.

Novas regras

A iniciativa do sindicato se beneficia das novas regras da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a geração de energia pelo próprio consumidor, em vigor desde o dia 1° de março deste ano. A nova resolução criou a “geração compartilhada”, permitindo que diversos interessados se unam em um consórcio ou em uma cooperativa, instalem uma micro ou minigeração distribuída e utilizem a energia gerada para redução das faturas dos consorciados ou cooperados.

Neste caso, cabe ao titular da unidade consumidora com a geração distribuída informar à distribuidora o porcentual da energia excedente a ser alocado para cada unidade integrante da cooperativa ou consórcio.

Fonte: Gazeta do Povo, 14 de setembro de 2016.

Fonte: fetraconspar.org.br

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

16 − treze =