Economia do Paraná terá reforço de R$ 6,8 bilhões com o 13º salário
Até dezembro de 2016, estima-se que deverão ser injetados na economia dos principais municípios paranaenses R$ 6,8 bilhões, em decorrência do pagamento do 13º salário. Este montante será pago aos trabalhadores do mercado formal. Cerca de 2,3 milhões de paranaenses serão beneficiados com um rendimento adicional, em média, de R$ 2.926,79. Estas são as estimativas do Escritório Regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Paraná.
Para a realização do estudo foram selecionados os municípios paranaenses com mais de 45 mil habitantes em 2016, de acordo com as estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 01 de julho de 2016, deste modo, foram escolhidos 40 municípios do Paraná.
Para o cálculo do impacto, o Dieese leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho. No caso da Rais, o Dieese considerou todos os assalariados com carteira assinada, empregados no mercado formal, nos setores público (celetistas ou estatutários) e privado, que trabalhavam em dezembro de 2015, acrescido do saldo do Caged do ano de 2016 (até agosto).
Em função da não disponibilidade de informações para o nível geográfico municipal, não foram considerados nos cálculos os seguintes segmentos: empregados domésticos com carteira; beneficiários – aposentados e pensionistas – do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); e aposentados e pensionistas pelo regime próprio da União e dos Estados e municípios.
Para efeito do cálculo, o Dieese não leva em conta os autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho, que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, nem os valores envolvidos nesses abonos, uma vez que esses dados são de difícil mensuração. Além disso, não há distinção dos casos de categorias que recebem ao menos parte do 13º antecipadamente, por definição, por exemplo, de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O valor de R$ 6,8 bilhões a ser injetado na economia dos principais municípios paranaenses em decorrência do pagamento do 13° salário durante este ano representa um crescimento de 8,52% sobre o valor estimado para 2015 (R$ 6,3 bilhões), além disso, o montante corresponde a 82,12% do total a ser injetado no mercado formal (celetista e estatutário) da economia paranaense em 2016. O número de pessoas que receberá o 13° salário em 2016 é cerca de 2,5% menor ao calculado para 2015, no entanto, o valor médio a ser recebido aumentou 11,32%, passando de R$ 2.629,14 para R$ 2.926,79.
Analisando as cidades abrangidas no estudo, notamos a concentração dos valores a serem injetados na economia paranaense em poucos municípios, sendo que apenas três dos quarenta, Curitiba (40,25%), Londrina (5,40%) e Maringá (4,75%) respondem por 50,4% do total. O maior valor médio para o 13° deve ser pago em Araucária (R$ 3.758,34) e o menor, em Santo Antônio da Platina (R$ 1.735,10).
E por fim, realizando o comparativo entre 2016 e 2015, da evolução percentual do 13° na economia dos principais municípios do Paraná, notamos que, Telêmaco Borba foi o município que apresentou o maior crescimento percentual, com avanço de 27,60%, seguido por Prudentópolis com 17,88%. Por outro lado, Cornélio Procópio foi o único município analisado no estudo que teve queda no montante pago, redução de 0,54%.
Fonte: fetraconspar.org.br