Centrais negociam e Renan tira terceirização da pauta
Força Sindical, UGT, CSB, Nova Central e Intersindical estiveram dia 23, em Brasília, com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a fim de negociar o adiamento da votação do projeto que libera a terceirização de forma irrestrita (PLC 30/2015). A matéria constava da pauta de votação desta quinta (24) no plenário. O o senador Paulo Paim (PT-RS), relator do projeto, também esteve no encontro.
As Centrais querem mais tempo para discutir a matéria e ajudar a construir um texto de consenso, que contemple o interesse dos trabalhadores, sem legitimar a precarização no trabalho.
“Nós queremos garantir que a terceirização não seja permitida na atividade-fim e, claro, que os terceirizados sejam protegidos em seus direitos trabalhistas”, disse à Agência Sindical o secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio.
O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, alerta para o risco representado por esta pauta em uma conjuntura tão hostil aos direitos sociais e trabalhistas. "Esse projeto é muito nocivo às relações do trabalho, sobretudo pelo que implica a matéria que nada mais é do que um atestado da precarização e da flexibilização dos direitos trabalhistas”, afirmou à Agência.
A reunião foi uma tentativa de buscar consenso em torno do tema. Renan Calheiros afirmou que vai procurar a presidente do STF, Carmem Lúcia, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para articular esse entendimento. A votação do projeto no Senado foi adiada.