Centrais preparam nova greve geral contra reformas e gestão Temer
Dirigentes de Centrais se reúnem e avaliam positivamente o Ocupa Brasília
poiadas na unidade e baseadas no sucesso das recentes manifestações contra as reformas neoliberais do governo – o 15 de março, a greve geral dia 28 de abril e o Ocupa Brasília, dia 24 de maio, com mais de 150 mil manifestantes -, as Centrais Sindicais organizam nova agenda de mobilizações.
Nesta segunda (29), CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB – que sediou o encontro, em SP -, CSB, Intersindical, CSP-Conlutas e CGTB avaliaram o Ocupa e aprovaram nova agenda de ações. E outra greve geral pode acontecer, até porque, na avaliação dos sindicalistas, o ato em Brasília acumulou mais forças para o movimento.
Presidente da UGT, o dirigente comerciário Ricardo Patah afirma: “Realizamos dia 24 a maior manifestação da história de Brasília, concebida de forma pacífica, como sempre fazem os trabalhadores. O centro da nossa luta é o combate às reformas. Se preciso, vamos considerar uma nova greve geral, sim”.
Ainda no balanço do dia 24, os dirigentes recomendaram que as próximas manifestações reforcem as providências relativas à segurança dos participantes, inclusive idosos, que integram os movimentos de aposentados e pensionistas.
Agenda – As Centrais Sindicais decidiram: 1) Editar jornal de grande tiragem, para relatar o dia 24, informar o andamento das reformas trabalhista e previdenciária no Congresso e mobilizar as bases; 2) Atos que preparem nova greve geral; 3) Greve nacional, entre final de junho e começo de julho, a depender do andamento das reformas; 4) Atos dia 6 de junho, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, data prevista para o julgamento que pode cassar a chapa Dilma-Temer; 5) Apoio ao Fora Temer e às eleições diretas.
CTB – Wagner Gomes, secretário-geral da CTB, comenta: “Esse governo acabou. As Centrais apoiam o Fora Temer, mas cada uma tratará do tema conforme sua concepção. Porém, a ideia de eleições diretas tem apoio unânime das Centrais e cresce entre a base trabalhadora”.
CSB – Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros, também criticou Temer e a submissão do Congresso ao poder econômico, alegando que há dificuldades em se dialogar com um Parlamento nessas condições. Neto argumenta: “Mas, se tiver que negociar, pra defender os trabalhadores e os interesses nacionais, vamos ter que sentar e conversar”.