A volta de Cristina Kirchenr
Matéria de Marcos Strecker na IstoÉ analiasa os motivos do favoritismo de Cristina Kirchner nas eleições presidenciais da Argentina e como o governo do presidente Jair Bolsonaro vê a questão.
Segundo o texto, com uma política externa errática que não consegue projetar influência na região e pouco tem contribuído para a solução da crise na Venezuela, o governo Bolsonaro vê seu natural protagonismo no continente ameaçado com a possível reviravolta política nas próximas eleições presidenciais argentinas, em 27 de outubro. “A Argentina é mais importante do que a Venezuela, porque o governo pode voltar para as mãos de Cristina Kirchner”, afirmou Jair Bolsonaro em entrevista aoSBT.
Pesquisas recentes apontam chances reais de a ex-presidente voltar ao poder. Em abril, levantamento da consultoria Isonomía a colocou nove pontos percentuais à frente no segundo turno, com 45% de intenções, contra apenas 36% de Maurício Macri – no primeiro turno, ambos estariam em empate técnico, com cerca de 30% dos votos. O retorno de Cristina Kirchner representaria o surgimento de uma nova correlação de forças na América Latina.
Segundo a IstoÉ, atualmente poucos países vizinhos – como Cuba, México e Bolívia – apoiam o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Um governo de esquerda na terceira maior economia da região enfraqueceria a aliança internacional – majoritária localmente – que busca substituir Maduro e enterrar de vez "as pretensões bolivarianas no continente".Segundo o linguajar rarefeito da matéria, "o risco é a volta do populismo de esquerda que levou a Venezuela ao colapso", apelando para a formulação padrão do jornalismo artificial e oficial que só enxerga democracia onde a cartilha ca Casa Branca é aplicada.
O que intreressa é que, segundo a matéria, o retorno do "kirchnerismo" significaria um contraponto ao papel de liderança que Bolsonaro gostaria de exercer na região, com o apoio de Donald Trump. É uma má notícia para as pretensões de um governo que, em quase cinco meses de mandato, ainda não conseguiu estabelecer uma política externa coerente, sólida e influente.
Perseguição política
A ascensão de Cristina Kirchner não é à toa. As dificuldades econômicas enfrentadas pelo regime de Macri não são resultado da sua agenda ultraliberal, que mesmo apliaca pela metade produziu um estrago enorme, como o acordo neolcolonial de US$ 57 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A crise do país se prolonga. Segundo o Banco Mundial, depois de uma queda de 2,5% no Produto Interno Bruto em 2018, espera-se uma contração de 1,9% da economia em 2019. Só no ano passado, a depreciação do peso foi superior a 50,6%. Neste ano, a desvalorização já supera 13% e a volatilidade na moeda deve se manter. Uma das promessas de campanha de Macri era derrubar a inflação, mas ela persiste e deve chegar a 43,7% este ano.
Cristina Kirchner, como o expresidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, sofre feroz perseguição política de um setor do Jusdiciário. Impedida de sair do país, ela teve que pedir autorização da Justiça para visitar a filha Florencia em Cuba, que está em tratamento médico e também está implicada na perseguição.
Pesquisas recentes apontam chances reais de a ex-presidente voltar ao poder. Em abril, levantamento da consultoria Isonomía a colocou nove pontos percentuais à frente no segundo turno, com 45% de intenções, contra apenas 36% de Maurício Macri – no primeiro turno, ambos estariam em empate técnico, com cerca de 30% dos votos. O retorno de Cristina Kirchner representaria o surgimento de uma nova correlação de forças na América Latina.
Segundo a IstoÉ, atualmente poucos países vizinhos – como Cuba, México e Bolívia – apoiam o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Um governo de esquerda na terceira maior economia da região enfraqueceria a aliança internacional – majoritária localmente – que busca substituir Maduro e enterrar de vez "as pretensões bolivarianas no continente".Segundo o linguajar rarefeito da matéria, "o risco é a volta do populismo de esquerda que levou a Venezuela ao colapso", apelando para a formulação padrão do jornalismo artificial e oficial que só enxerga democracia onde a cartilha ca Casa Branca é aplicada.
O que intreressa é que, segundo a matéria, o retorno do "kirchnerismo" significaria um contraponto ao papel de liderança que Bolsonaro gostaria de exercer na região, com o apoio de Donald Trump. É uma má notícia para as pretensões de um governo que, em quase cinco meses de mandato, ainda não conseguiu estabelecer uma política externa coerente, sólida e influente.
Perseguição política
A ascensão de Cristina Kirchner não é à toa. As dificuldades econômicas enfrentadas pelo regime de Macri não são resultado da sua agenda ultraliberal, que mesmo apliaca pela metade produziu um estrago enorme, como o acordo neolcolonial de US$ 57 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A crise do país se prolonga. Segundo o Banco Mundial, depois de uma queda de 2,5% no Produto Interno Bruto em 2018, espera-se uma contração de 1,9% da economia em 2019. Só no ano passado, a depreciação do peso foi superior a 50,6%. Neste ano, a desvalorização já supera 13% e a volatilidade na moeda deve se manter. Uma das promessas de campanha de Macri era derrubar a inflação, mas ela persiste e deve chegar a 43,7% este ano.
Cristina Kirchner, como o expresidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, sofre feroz perseguição política de um setor do Jusdiciário. Impedida de sair do país, ela teve que pedir autorização da Justiça para visitar a filha Florencia em Cuba, que está em tratamento médico e também está implicada na perseguição.
Vermelho
Fonte:sintracimento.org.br