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Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Ladrilhos Hidráulicos, Produtos de Cimento, Fibrocimento e Artefatos de Cimento Armado de Curitiba e Região

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Indústria despenca 1,1% em 2019, primeiro ano sob o governo Bolsonaro

Economistas ouvidos pela agência Bloomberg projetavam uma queda menor no período – de 0,8%. Foram surpreendidos, no entanto, por um cenário de mais adversidades, como o mau desempenho da indústria extrativa, que recuou 9,7%

Após avançar por dois anos seguidos, a produção industrial do Brasil despencou em 2019, no primeiro ano sob o governo de Jair Bolsonaro e a gestão ultraliberal de Paulo Guedes no Ministério da Economia. Enquanto o setor teve crescimento de 2,5% em 2017 e de 1% em 2018, o desempenho no ano passado foi uma retração de 1,1%. É o que apontam dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta terça-feira (4).

Economistas ouvidos pela agência Bloomberg projetavam uma queda menor no período – de 0,8%. Foram surpreendidos, no entanto, por um cenário de mais adversidades, como o mau desempenho da indústria extrativa, que recuou 9,7% em 2019. A tragédia de Brumadinho (MG) – que deixou 249 mortos e 21 desaparecidos, e é considerada o maior desastre ambiental brasileiro – contribuiu para a queda. Após a tragédia, unidades produtoras de minério paralisaram a produção para realizar medidas de segurança e de proteção ao meio ambiente.

 

Ainda assim, ao longo do ano, mais da metade das áreas pesquisadas pelo IBGE tiveram perdas. Segundo o instituto, 16 das 24 atividades pesquisadas recuaram. “A produção industrial pode estar sendo impactada pelas incertezas no ambiente externo e também pela situação do mercado de trabalho no país que, embora tenha tido melhora, ainda afeta a demanda doméstica”, explicou André Macedo.

Outro segmento do setor, a indústria de transformação, avançou apenas 0,2%, no mesmo período. A produção de bens de consumo foi o ponto positivo do ano, com alta de 1,1% em 2019, sendo 2% dos bens duráveis e 0,9% dos semiduráveis e não duráveis. A liberação de saques do FGTS contribuiu para a injeção de dinheiro na economia, o que ajudou a impulsionar essa atividade, segundo o IBGE.

Apesar desse comportamento negativo em 2019, o ano registrou redução na intensidade das perdas da indústria de um semestre para o outro. Nos primeiros seis meses houve recuo de 1,4%, enquanto na segunda metade da temporada a queda ficou em 0,9% –sempre em comparações com iguais períodos de 2018.

No recorte de dezembro, o recuo foi de 0,7% ante o mês anterior. O resultado vem depois de novembro ter encerrado com queda de 1,2%, quando interrompeu três meses de expansão acumulada em 2,2% no período entre agosto, setembro e outubro.

Três das quatro grandes categorias econômicas, além de 17 dos 26 ramos pesquisados, mostraram redução na produção em dezembro, de acordo com o IBGE. O setor de máquinas e equipamentos teve recuo de 7%, enquanto veículos automotores, reboques e carrocerias registraram queda de 4,7%, no que foram as influências negativas mais importantes do mês.

Já o melhor desempenho veio do setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com 4,2%. Na comparação com dezembro de 2018, a indústria caiu 1,2%.

 

Com informações da Folha.com

 
Fonte:sintracimento.org.br

 

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