Desemprego sofre influência do mercado informal, indica PNAD-Contínua
A taxa de desocupação no País foi de 13,8% no trimestre de maio a julho/2020, segundo resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-Contínua) divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Esta é a maior taxa da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Em iguais meses do ano anterior a referida taxa foi de 11,8%”, menciona a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.
A população ocupada no País atingiu 82 milhões de pessoas, o menor contingente já observado na série da pesquisa. Em relação ao trimestre anterior (fevereiro a abril) a população ocupada foi reduzida em 7,2 milhões de pessoas.
Já a população desocupada, de maio a julho, foi de 13,1 milhões de pessoas. Esses resultados mostram a força da pandemia provocada pelo novo coronavírus no mercado de trabalho.
Mercado de trabalho na construção civil
No período de maio a julho, a construção civil ocupou 5,336 milhões de pessoas, conforme os dados da PNAD. Isso significa que, em relação ao trimestre anterior (fevereiro a abril), o setor perdeu 560 mil ocupações e, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, 1,3 milhão. Vale lembrar que os dados da PNAD Contínua envolvem o mercado de trabalho formal e informal.
Já os dados do Caged, divulgados pelo Ministério da Economia, demonstram que, de maio a julho, o resultado no setor foi positivo, com a geração de 37.710 novas vagas com carteira assinada. Assim, o número de trabalhadores com carteira assinada na Construção, que era de 2,137 milhões em abril, passou para 2,175 milhões em julho.
“Os resultados da PNAD-Continua estão sofrendo forte influência do segmento informal, já que os resultados do Caged sinalizam recuperação de vagas”, destaca Vasconcelos.
CBIC
Fonte:sintracimento.org.br