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Mourão defende 35 anos de contribuição para previdência de militares

Presidente interino também é a favor de aumentar taxação sobre pensão das viúvas

 

Gustavo UribeTalita Fernandes
BRASÍLIA
 

O presidente interino, Hamilton Mourão, defendeu nesta segunda-feira (21) duas mudanças que têm sido discutidas pela equipe econômica nas regras de aposentadoria de militares.

Ele avaliou como benéfico o aumento do tempo de permanência no serviço ativo, ampliando-o de 30 para 35 anos, e o recolhimento da contribuição de 11% sobre a pensão recebida por viúvas de militares.

"São mudanças que seriam positivas para o país", disse Mourão, ao ser questionado pela imprensa.

As propostas enfrentam resistência junto às Forças Armadas. Ao tomar posse, o novo comandante do Exército, Edson Pujol, defendeu que o atual sistema dos militares seja mantido.

Apesar das declarações públicas de comandantes das Forças Armadas contrárias à inclusão de militares na reforma da Previdência, Mourão negou que haja resistência no grupo.

"Não, militar não resiste, são os mais fáceis", afirmou.

Questionado sobre se o aumento do tempo de trabalho e a tributação de pensões de viúvas era um tema pacificado entre os militares, o vice-presidente respondeu apenas que esses assuntos 'estão sendo discutidos'.

O presidente interino repetiu que a proposta de reforma da Previdência só deve ser apresentada após a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, marcada para 1º de fevereiro. 

Ele ainda negou que as investigações sobre movimentações atípicas, que envolvem um dos filhos do presidente, o senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ), possam atrapalhar as negociações do Executivo com o Legislativo para aprovação da reforma da Previdência. 

Mourão ressaltou, contudo, que as alterações têm sido discutidas pelas Forças Armadas e defendeu uma regra de transição, para quem já está no serviço militar, para o aumento do tempo de serviço.

"Em tese, é um aumento, com uma tabela para quem já está no serviço, um tempo de transição", afirmou.

 

No início da manhã, o presidente interino recebeu o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Ele não informou se o tema foi tratado na reunião.

"Foram dois amigos que vieram bater um papo. E fiz uma brincadeira com ele, que é botafoguense. Só isso", disse, referindo-se à derrota da equipe carioca na estreia do campeonato estadual.

O general, que assumiu o posto de presidente interino no domingo (20), com a viagem de Jair Bolsonaro à Suíça, disse que conduzirá a máquina pública "sem marola".

"Só tocando a bola para o lado", afirmou.

Ele voltou a dizer que as suspeitas envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, não é um assunto de governo.

"Esse assunto não comento mais. Não vem para cima do governo e é um problema do Flávio. Ele vai resolver isso aí", disse.

Na sexta-feira (18), um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou movimentações atípicas de Flávio. Ele recebeu em sua conta bancária 48 depósitos em dinheiro no valor total de R$ 96 mil, depositados apenas em cinco dias. 

Eles foram feitos no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) sempre no valor de R$ 2 mil. 

 

Folha de S.Paulo

 

Fonte: sintracimento.org.br

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