4 passos para usar o salário com sabedoria em 2025
Se a chegada de um novo ano representa 365 dias de novas oportunidades, que tal agarrar a chance de usar o salário com mais sabedoria em 2025? Um planejamento que contemple contas pendentes e, ainda, permita reservar uma quantia para emergências ou mesmo fazer investimentos não é impossível, mas exige disciplina. Veja algumas dicas:
Reflita sobre seus gastos
Aproveite para refletir sobre os seus gastos e adote a premissa de definir um limite para as próximas datas que incluem compras de presentes, itens para as festas e viagens, mantendo o equilíbrio para aproveitar com responsabilidade, diz João Victorino, educador financeiro.
Quite dívidas com juros altos
Para quem tem dívidas no cartão de crédito ou cheque especial, priorizar o pagamento dessas obrigações é essencial. “Dívidas de longo prazo e com juros elevados podem crescer rapidamente, prejudicando a saúde financeira. Essas dívidas são consideradas as piores para você manter”, comenta o especialista.
A recomendação também é dada por Louize Oliveira, supervisora de Cidadania Financeira do Instituto Sicoob. “O rotativo do cartão de crédito, por exemplo, costuma ter taxas de juros elevadas, o que pode fazer desandar as finanças nos próximos meses. Minha indicação é sempre se planejar antes de assumir uma obrigação financeira”.
Vale lembrar que dívidas de telefonia, água, luz, de energia elétrica, com planos de saúde, bancárias e não bancárias (exceto financiamento de imóveis, aquelas que tenham bens como garantia e crédito rural), podem ser renegociadas até o dia 17 de janeiro na 2ª edição do Renegocia!, organizado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).
Priorize a construção de uma reserva de emergência
Se a segunda parcela do décimo terceiro salário, que foi paga em dezembro, não foi gasta nas festas de final de ano, que tal usá-la para iniciar uma reserva de emergência? O educador financeiro João Victorino explica que o ideal é ter um colchão de segurança que cubra de 6 a 12 meses do seu custo de vida básico. Essa reserva vai ajudar a proteger a sua rotina em situações como perda de emprego, emergências de saúde ou despesas inesperadas.
A especialista do Instituto Sicoob acrescenta que essa reserva é diferente da poupança. “Neste caso, o dinheiro será importante para cobrir despesas fixas ou extras, sem comprometer a sua renda em casos de imprevistos, como demissão ou problemas de saúde”, explica.
Avalie oportunidades de investimentos
Definir um valor para investir mensalmente é importante e necessário. “Não precisa ter muito dinheiro para começar a investir. Qualquer dinheiro investido já é um grande passo. Isso porque você desenvolverá o hábito de investir. Então, antes de se preocupar em ter ‘muito dinheiro investido’, preocupe-se em desenvolver hábitos saudáveis em relação às suas finanças”, ressalta Oliveira, do Instituto Sicoob.
Tendo em vista que 2025 começa com a taxa Selic ainda em patamares elevados, produtos de renda fixa como CDBs, LCIs e LCAs ou Títulos do Tesouro Direto podem oferecer boas oportunidades de retorno. João Victorino ressalta que um fator importante para fazer a escolha é entender o impacto da tributação e da inflação sobre o investimento. Há incidência de imposto no CDB e no Tesouro Direto, enquanto a poupança é isenta, porém, seu rendimento é inferior.
Outro aspecto é sobre a liquidez: se o investidor pode deixar o dinheiro aplicado por mais tempo, CDBs com vencimentos mais longos podem ser mais vantajosos em termos de rentabilidade. Já o Tesouro Direto traz a opção da rentabilidade atrelada à taxa de juros.
- CDB: é uma alternativa interessante para quem pode deixar o dinheiro aplicado por mais tempo e busca maior rentabilidade, mas é preciso atenção aos prazos e à tributação.
- Poupança: para quem busca facilidade, liquidez imediata e segurança, é uma opção prática, embora com rendimento inferior.
- Tesouro Direto: é indicado para quem quer diversificar e proteger o próprio capital, especialmente em períodos de inflação alta ou juros elevados. Reúne vantagens de segurança e rentabilidade, porém, é mais complicado que a poupança para quem não tem experiência em investimentos.
“Em muitos casos, a combinação das três pode trazer equilíbrio entre segurança, rentabilidade e liquidez, de acordo com o momento e as metas do investidor. Lembre-se que a melhor escolha será feita se você se preparar melhor também aprendendo sobre o assunto”, diz Victorino.
VALOR INVESTE
Fonte:sintracimento.org.br